26.6.07

Para cima. Não para norte.


Edwin A. Abbott Flatland

Se quisermos saber, realmente saber, não basta a evidêcia. Há que crer. Ou por outras palavras, o nosso imenso saber pode não ser mais que pura ignorância e admitir que só se sabe que nada se sabe é o primeiro passo para saber o que quer que seja.
Sejamos portanto relativos nas nossas certezas absolutas, ou não passaremos de um mero ponto na nossa ínfima(grande) Pointland.

Agora que li, só posso dizer, leiam também.

23.6.07

Meios tons

15.6.07

História trágica com final feliz.

Todas as histórias trágicas que não se deixam acabar na tragédia têm final feliz, tal como todas as histórias felizes que não se deixam acabar na felicidade têm final trágico.

Moral da história: vivemos numa circunferência, que, sem duvida, é uma das minhas frases favoritas.

14.6.07

Eis

12.6.07

If

If I were a swan, I'd be gone.
If I were a train, I'd be late.
And if I were a good man,
I'd talk with you
More often than I do.

If I were to sleep, I could dream.
If I were afraid, I could hide.
If I go insane, please don't put
Your wires in my brain.

If I were the moon, I'd be cool.
If I were a rule, I would bend.
If I were a good man, I'd understand
The spaces between friends.

If I were alone, I would cry.
And if I were with you, I'd be home and dry.
And if I go insane,
Will you still let me join in with the game?

If I were a swan, I'd be gone.
If I were a train, I'd be late again.
If I were a good man,
I'd talk with you
More often than I do.

If, Pink Floyd


Por estas e por outras é que vou gostando aos poucos, e muito devagarinho, cada vez mais destes gajos. Como se ao comer um chocolate o comesse em pedaços muito pequenos e de cada vez que os levasse à boca os deixasse derreter até se desfazerem totalmente, e ainda assim deixar-me ficar, melancolicamente, a saborear o doce na boca até quase desaparecer e só então, comer mais um para deixar recomeçar tudo de novo.

Syd, Syd, Syd, Syd, Syd, Syd, Syd.



Ps: Vou investigar como colocar musicas a tocar aqui. Sempre soa melhor a letra com acordes à mistura.

Absolutely my dear.

8.6.07

ah e quase me esquecia

Eu, o cómico

As trágicas histórias de amor que devem (deviam) ficar assim mesmo.
Deve ficar a amargura do seu fim, as horas de todo o tormento sempre inultrapassável e insuportável que se revela, afinal, sempre suportável e ultrapassável.
O amor perdura sempre nas memórias trágicas dos amores.

Dias que se respiram

Alcobaça, 05 de Outubro de 2005

Ruido de fundo 2

Conhecem a história da rã? Aquela que morreu no tacho?
E os Monty Python que tinham aquele projecto que nunca ninguém os deixou concretizar, que era começar um programa com o som demasiado alto e de forma imperceptível ir gradualmente diminuindo ao longo do programa para obrigar as pessoas, quase sem se darem conta, a aumentar o volume do televisor.
Conhecem?




Horoshi Sugimoto, em 1993 fez a imagem que é mostrada no post mais atrás, para mostrar o vazio em que se ia vivendo, o vazio do excesso. Pela longa exposição o ecrã ficou branco. É o que fica da sobrecarga de imagens, dos apelos incessantes, dos vídeos avulso por todo o lado. É o que fica do excesso de informação com que vivemos, como um imenso ruido de fundo do qual não é possível retirar qualquer tipo de som prazível.

De lá para cá parece-me que a temperatura só tem subido e um dia destes acaba o programa e vem a publicidade.

O sal

Arroz de manteiga, refugado com cebola e azeite, dispenso o tomate até porque não cola. Não liga. Quero dizer, o tomate não agarra ao arroz, não fica vermelhinho. Não sei porquê, já tentei mas não vai lá.
Entretanto e voltando ao banalíssimo arroz branco. Ia no refugado, portanto, tudo a borbulhar e a deitar aquele cheirinho maravilhoso da cozinha nossa. A mediterrânica, a do azeite e dos temperos. Deitar água, quente de preferência.
Sal.
Falta o sal. E a pimenta, sim a pimenta ainda foi, entre a cebola e o azeite foi a pimenta, agora o sal...
Merda de arroz.
Falta-lhe o sal, disseram.

Sempre me faltou o sal.

5.6.07

And sometimes the questions are the answers that we need

To be or not to be, that is the question;
Whether 'tis nobler in the mind to suffer
The slings and arrows of outrageous fortune,
Or to take arms against a sea of troubles,
And by opposing, end them.


Shakespeare; Hamlet, Prince of Denmark

Ruido de fundo 1


Horoshi Sugimoto, Union City Drive-In, 1993

Nick Drake - things behind the sun