6.10.07

Effervescing Elephant (Barrett) 1:52

An Effervescing Elephant
with tiny eyes and great big trunk
once whispered to the tiny ear
the ear of one inferior
that by next June he'd die, oh yeah!
because the tiger would roam.
The little one said: "Oh my goodness I must stay at home!
and every time I hear a growl
I'll know the tiger's on the prowl
and I'll be really safe, you know
the elephant he told me so."
Everyone was nervy, oh yeah!
and the message was spread
to zebra, mongoose, and the dirty hippopotamus
who wallowed in the mud and chewed
his spicy hippo-plankton food
and tended to ignore the word
preferring to survey a herd
of stupid water bison, oh yeah!
And all the jungle took fright,
and ran around for all the day and the night
but all in vain, because, you see,
the tiger came and said: "Who me?!
You know, I wouldn't hurt not one of you.
I'd much prefer something to chew
and you're all to scant." oh yeah!
He ate the Elephant

Pacotes

Empacotar é umas das tarefas que mais dificuldade pode trazer a um mero mortal.
Já pensaram bem no esforço mental necessário para empacotar bem.
Vejamos: a decisão do que empacotar, a escolha do pacote apropriado, agrupar os items a empacotar, arrumar bem os items no pacote, dividir convenientemente pelos pacotes para que não tenhamos no fim pacotes muito pesados e outros muito leves....etc

Isto porque cheguei à conclusão que muito na nossa vida depende da forma como empacotamos.

FP

Fernando Pessoa na Revista de Comércio e Contabilidade, 1926

Oportunidade


Uma das palavras que mais maltratadas têm sido, no entendimento que há delas, é a palavra oportunidade.

Julgam muitos que por oportunidade se entende um presente ou favor do Destino, análogo a oferecerem-nos o bilhete que há-de ter a sorte grande.

Algumas vezes assim é.

Na realidade quotidiana, porém, oportunidade não quer dizer isto, nem o aproveitar-se dela significa o simplesmente aceitá-la.

Oportunidade, para o homem consciente e prático, é aquele fenómeno exterior que pode ser transformado em consequências vantajosas por meio de um isolamento nele, pela inteligência, de certo elemento ou elementos, e a coordenação, pela vontade, da utilização desse ou desses.

Tudo mais é herdar do tio brasileiro ou não estar onde caiu a granada.

(nº 6, pág. 189)


Energia


Há três tipos de energia — a do trabalhador, a do homem activo e a do organizador.

O trabalhador exerce regularmente um mister ou um cargo segundo as normas desse mesmo cargo ou mister. Corre numa calha indefinidamente e com grande utilidade social.

O homem activo nunca tem mister próprio; a simples actividade é indisciplinada por natureza. Exerce ele sempre um cargo ocasional e temporário, uma espécie de molde em que vasa um momento a sua energia constante. Esse momento pode durar toda a vida: esse molde pode nunca quebrar-se.

O organizador trabalha pouco; faz só calhas e moldes.

(nº 4, pág. 125)


Mandar, obedecer


Os homens dividem-se, na vida prática, em três categorias — os que nasceram para mandar, os que nasceram para obedecer, e os que não nasceram nem para uma coisa nem para outra.

Estes últimos julgam sempre que nasceram para mandar; julgam-no mesmo mais frequentemente que os que efectivamente nasceram para o mando.

O característico principal do homem que nasceu para mandar é que sabe mandar em si mesmo.

O característico distintivo do homem que nasceu para obedecer é que sabe mandar só nos outros, sabendo obedecer também.

O homem que não nasceu nem para uma coisa nem para outra distingue-se por saber mandar nos outros mas não saber obedecer.

O homem que nasceu para mandar é o homem que impõe deveres a si mesmo.

O homem que nasceu para obedecer é incapaz de se impor deveres, mas é capaz de executar os deveres que lhe são impostos (seja por superiores, seja por fórmulas sociais), e de transmitir aos outros a sua obediência; manda, não porque mande, mas porque é um transmissor de obediência.

O homem que não nasceu para mandar nem para obedecer sabe só mandar, mas, como nem manda por índole nem por transmissão de obediência, só é obedecido por qualquer circunstância extrema — o cargo que exerce, a posição social que ocupa, a fortuna que tem...

Chamamos para estas singelas considerações psicológicas a atenção dos leitores. Devidamente compreendidas, elas elucidar-lhes-ão muitas coisas, e muita gente...

( nº 4, pág. 120)

Do forum do Caldeirão de Bolsa

A canção há-de ser eterna

Fez um ano entretanto e já ia andando moribunda mas numa belíssima "truck driver's gear change", subindo de tom para voltar a mais do mesmo, ou talvez não, e regressou ao activo.
Entretanto e com o disco C: a chegar ao red line tudo graças ao itunes, fui fazendo outras coisas e vou andando ocupadíssimo. Entre mercados, fotografia, automóveis, seguros, móveis e afins, onde se incluem os electrodomésticos, tenho feito imenso, e nem sequer falei do maravilhoso aviador que era Gago e que mal me deixa dormir. Não me tem restado assim tempo algum para ir continuando a tocar esta canção. Mas cá estou e estarei porque a canção é eterna(Eterna eterna não! Mas lá perto).

PS: Parabéns a você.....

PS2: Parabéns aos outros que também fizeram anos entretanto....

Momentos

Há momentos e momentos. Há noites, há tardes e há outras alturas do dia também. Há uns dias bons e há também outras noites más. Ás vezes são só horas à tarde e outra vezes à noite. Nestas coisas as melhores são as manhãs, não são boas nem são más, normalmente apenas são.
No fundo, apenas momentos, sempre repetíveis, nunca realmente únicos.
No entanto, alguns sabem realmente bem, outros nem por isso, portanto, o que há a fazer é repetir os bons tanto quanto quanto possível e evitar o maus.
O pior, não sei bem porquê, é que tenho uma tendência estúpida para repetir os maus incessantemente e considerar os bons meros acasos.