29.5.07
...só há um problema para a vida, que é o de saber, saber a minha condição, e de restaurar a partir daí a plenitude e a autenticidade de tudo - da alegria, do heroísmo, da amargura, de cada gesto. Ah, ter a evidência ácida do milagre que sou, de como infinitamente é necessário que que eu esteja vivo, e ver depois, em fulgor, que tenho de morrer.
Vergílio Ferreira, Aparição
26.5.07
Da autoridade ao abuso de autoridade vai o quê?
Linha fina, fronteira indefinida que flutua mais para lá ou mais para cá consoante a maré.
Os senhores Policias tão comummente chamados de agentes da autoridade... mas pergunto eu: Que autoridade? A deles?
Não, não têm autoridade nenhuma esses senhores. A autoridade é a lei. A autoridade são as regras que nos regem, não são esses senhores.
Perante a lei são tanto como eu, devem-lhe o mesmo. Têm no entanto uma função esses senhores, faze-la cumprir, fazer cumprir a autoridade da lei, e não a deles. Acredito que tal função não deve ser, de todo, coisa fácil, tenho-lhe o máximo de respeito e consideração, à tarefa e aos tarefeiros, mas não tolero abusos de poder.
Tolero enganos, pois são apenas humanos no desempenho de uma profissão que se desempenha com toda a entrega e sentido de dever, como todas devem ser desempenhadas. Mas se todos nós nas nossas profissões, nos nossos trabalhos, por vezes nos sentimos esgotados desmotivados e nos enganamos, pois também eles têm esse direito. Mas más intenções e maus carácter não tolero. E se os há por todo o lado, também entre os que fazem cumprir a lei, os há.
A revolta vem, ou nasceu há uns momentos atrás. Pois ia sendo multado, não eu mas um amigo, e ia sendo multado por nada. Sim por nada. Se se tivesse consumado, essa multinha, seria uma injustiça.
Multinha porque no fundo não passaria disso, uns euritos que, esse amigo, teria que pagar, e provavelmente nada mais. Mas o que revolta não é a multa, é a atitude, é o procedimento da Polícia que seria o mesmo que chegar perto do carro do meu amigo, colocar lá dentro um saco de droga e acusá-lo de tráfico de droga.
É sempre difícil engolir uma multa. Eu sei. Achamos sempre que não merecia-mos, que é uma injustiça, mas neste caso, até porque nem fui eu o multado, ou quase multado, a injustiça seria real e não apenas um sentimento de revolta camuflado. Eu vinha com ele no carro e vi, vi com os meus próprios olhos todas as mais elementares regras de trânsito a serem cumpridas, tão bem cumpridas como eu, que faço até bastantes vezes o mesmo trajecto ao volante, nunca as cumpri.
E aparece assim um senhor que lá por se vestir de azul julga-se no direito de reescrever o código da estrada, e isto tudo depois de uma perseguição quase hollywoodesca, que nem eu nem ele percebemos que era para nós.
Revolta-me estas coisas.
No fim acabou por nada se passar, pelo menos para o meu amigo, pois noutros dois carros entretanto mandados parar pelos senhores de azul, entre os quais um igual ao dele, mesma marca e mesma cor, algo se passou e sem quase dar conta, tal era já o meu transtorno com tudo aquilo, estavam todos os seus ocupantes fora dos carros, de mãos na cabeça e pernas afastadas como nos filmes. Mandaram-nos seguir e esqueceram tudo.
Assumo que a Polícia estava à procura de qualquer coisa de muito importante e tenha confundido o carro do meu amigo com o outro carro dos supostos "criminosos", e nesse caso só tenho que louvar o trabalho empenhado dos senhores e peço-lhes desculpa pelas ofensas pensadas porque apesar de tudo não cheguei sequer a proferir-lhes nenhumas. Caso contrário só me arrependo de não as ter realmente verbalizado. Mas que me passei com a atitude prepotente e tempestuosa para com dois cidadãos que o que menos querem é confusão, lá isso passei.
Os senhores Policias tão comummente chamados de agentes da autoridade... mas pergunto eu: Que autoridade? A deles?
Não, não têm autoridade nenhuma esses senhores. A autoridade é a lei. A autoridade são as regras que nos regem, não são esses senhores.
Perante a lei são tanto como eu, devem-lhe o mesmo. Têm no entanto uma função esses senhores, faze-la cumprir, fazer cumprir a autoridade da lei, e não a deles. Acredito que tal função não deve ser, de todo, coisa fácil, tenho-lhe o máximo de respeito e consideração, à tarefa e aos tarefeiros, mas não tolero abusos de poder.
Tolero enganos, pois são apenas humanos no desempenho de uma profissão que se desempenha com toda a entrega e sentido de dever, como todas devem ser desempenhadas. Mas se todos nós nas nossas profissões, nos nossos trabalhos, por vezes nos sentimos esgotados desmotivados e nos enganamos, pois também eles têm esse direito. Mas más intenções e maus carácter não tolero. E se os há por todo o lado, também entre os que fazem cumprir a lei, os há.
A revolta vem, ou nasceu há uns momentos atrás. Pois ia sendo multado, não eu mas um amigo, e ia sendo multado por nada. Sim por nada. Se se tivesse consumado, essa multinha, seria uma injustiça.
Multinha porque no fundo não passaria disso, uns euritos que, esse amigo, teria que pagar, e provavelmente nada mais. Mas o que revolta não é a multa, é a atitude, é o procedimento da Polícia que seria o mesmo que chegar perto do carro do meu amigo, colocar lá dentro um saco de droga e acusá-lo de tráfico de droga.
É sempre difícil engolir uma multa. Eu sei. Achamos sempre que não merecia-mos, que é uma injustiça, mas neste caso, até porque nem fui eu o multado, ou quase multado, a injustiça seria real e não apenas um sentimento de revolta camuflado. Eu vinha com ele no carro e vi, vi com os meus próprios olhos todas as mais elementares regras de trânsito a serem cumpridas, tão bem cumpridas como eu, que faço até bastantes vezes o mesmo trajecto ao volante, nunca as cumpri.
E aparece assim um senhor que lá por se vestir de azul julga-se no direito de reescrever o código da estrada, e isto tudo depois de uma perseguição quase hollywoodesca, que nem eu nem ele percebemos que era para nós.
Revolta-me estas coisas.
No fim acabou por nada se passar, pelo menos para o meu amigo, pois noutros dois carros entretanto mandados parar pelos senhores de azul, entre os quais um igual ao dele, mesma marca e mesma cor, algo se passou e sem quase dar conta, tal era já o meu transtorno com tudo aquilo, estavam todos os seus ocupantes fora dos carros, de mãos na cabeça e pernas afastadas como nos filmes. Mandaram-nos seguir e esqueceram tudo.
Assumo que a Polícia estava à procura de qualquer coisa de muito importante e tenha confundido o carro do meu amigo com o outro carro dos supostos "criminosos", e nesse caso só tenho que louvar o trabalho empenhado dos senhores e peço-lhes desculpa pelas ofensas pensadas porque apesar de tudo não cheguei sequer a proferir-lhes nenhumas. Caso contrário só me arrependo de não as ter realmente verbalizado. Mas que me passei com a atitude prepotente e tempestuosa para com dois cidadãos que o que menos querem é confusão, lá isso passei.
22.5.07
sendo eu, meu irmão.
Eu te odeio, meu irmão das palavras que já sabes um vocábulo para este alarme de vísceras e dormes depois tranquilo e me apontas a cartilha onde tudo já vinha escrito... E eu te digo que nada estava ainda escrito, porque é novo e fugaz e invenção de cada hora o que nos vibra nos ossos e nos escorre de suor quando se ergue à nossa face.
Vergílio Ferreira, Aparição
16.5.07
13.5.07
10.5.07
Respigadices
Sempre tive um bocado de dificuldade em deitar coisas fora. Óbvio que não chego ao extremo de guardar a embalagem da manteiga, mas determinado tipo de objectos, na hora de decidir se vão parar ao depósito da Valor Sul ou não, detenho-me a olhar para eles e consigo sempre visualizar uma panóplia de usos possíveis a dar ao mono com apenas alguns reparos. Ficam encostados a um canto até ao dia em que não dá mais para ignorar o espaço que roubam e vejo-me obrigado a ceder ao inevitável.
Lixo.
No PC a história repete-se, neste caso o espaço é virtual e o incómodo é menor mas de vez em quando há que fazer limpezas também por aqui e até se acaba por encontrar coisas engraçadas.
Lixo.
No PC a história repete-se, neste caso o espaço é virtual e o incómodo é menor mas de vez em quando há que fazer limpezas também por aqui e até se acaba por encontrar coisas engraçadas.
9.5.07
Não que beba muito, mas sinto-me sempre um paradoxo
- The Divine Comedy -
- Gin-soaked Boy -
Im the darkness in the light- Gin-soaked Boy -
Im the leftness in the right
Im the rightness in the wrong
Im the shortness in the long
Im the goodness in the bad
Im the saneness in the mad
Im the sadness in the joy
Im the gin in the gin-soaked boy
Im the ghost in the machine
Im the genius in the gene
Im the beauty in the beast
Im the sunset in the east
Im the ruby in the dust
Im the trust in the mistrust
Im the trojan horse in troy
Im the gin in the gin-soaked boy
Im the tigers empty cage
Im the mysterys final page
Im the strangers lonely glance
Im the heros only chance
Im the undiscovered land
Im the single grain of sand
Im the christmas morning toy
Im the gin in the gin-soaked boy
Im the world youll never see
Im the slave youll never free
Im the truth youll never know
Im the place youll never go
Im the sound youll never hear
Im the course youll never steer
Im the will youll not destroy
Im the gin in the gin-soaked boy
Im the half-truth in the lie
Im the why not in the why
Im the last roll of the die
Im the old school in the tie
Im the spirit in the sky
Im the catcher in the rye
Im the twinkle in her eye
Im the jeff goldblum in the fly
Who am i?
Há canções maravilhosas.
Não há?
Não há?