26.5.07

Da autoridade ao abuso de autoridade vai o quê?

Linha fina, fronteira indefinida que flutua mais para lá ou mais para cá consoante a maré.
Os senhores Policias tão comummente chamados de agentes da autoridade... mas pergunto eu: Que autoridade? A deles?
Não, não têm autoridade nenhuma esses senhores. A autoridade é a lei. A autoridade são as regras que nos regem, não são esses senhores.
Perante a lei são tanto como eu, devem-lhe o mesmo. Têm no entanto uma função esses senhores, faze-la cumprir, fazer cumprir a autoridade da lei, e não a deles. Acredito que tal função não deve ser, de todo, coisa fácil, tenho-lhe o máximo de respeito e consideração, à tarefa e aos tarefeiros, mas não tolero abusos de poder.
Tolero enganos, pois são apenas humanos no desempenho de uma profissão que se desempenha com toda a entrega e sentido de dever, como todas devem ser desempenhadas. Mas se todos nós nas nossas profissões, nos nossos trabalhos, por vezes nos sentimos esgotados desmotivados e nos enganamos, pois também eles têm esse direito. Mas más intenções e maus carácter não tolero. E se os há por todo o lado, também entre os que fazem cumprir a lei, os há.
A revolta vem, ou nasceu há uns momentos atrás. Pois ia sendo multado, não eu mas um amigo, e ia sendo multado por nada. Sim por nada. Se se tivesse consumado, essa multinha, seria uma injustiça.
Multinha porque no fundo não passaria disso, uns euritos que, esse amigo, teria que pagar, e provavelmente nada mais. Mas o que revolta não é a multa, é a atitude, é o procedimento da Polícia que seria o mesmo que chegar perto do carro do meu amigo, colocar lá dentro um saco de droga e acusá-lo de tráfico de droga.
É sempre difícil engolir uma multa. Eu sei. Achamos sempre que não merecia-mos, que é uma injustiça, mas neste caso, até porque nem fui eu o multado, ou quase multado, a injustiça seria real e não apenas um sentimento de revolta camuflado. Eu vinha com ele no carro e vi, vi com os meus próprios olhos todas as mais elementares regras de trânsito a serem cumpridas, tão bem cumpridas como eu, que faço até bastantes vezes o mesmo trajecto ao volante, nunca as cumpri.
E aparece assim um senhor que lá por se vestir de azul julga-se no direito de reescrever o código da estrada, e isto tudo depois de uma perseguição quase hollywoodesca, que nem eu nem ele percebemos que era para nós.
Revolta-me estas coisas.
No fim acabou por nada se passar, pelo menos para o meu amigo, pois noutros dois carros entretanto mandados parar pelos senhores de azul, entre os quais um igual ao dele, mesma marca e mesma cor, algo se passou e sem quase dar conta, tal era já o meu transtorno com tudo aquilo, estavam todos os seus ocupantes fora dos carros, de mãos na cabeça e pernas afastadas como nos filmes. Mandaram-nos seguir e esqueceram tudo.
Assumo que a Polícia estava à procura de qualquer coisa de muito importante e tenha confundido o carro do meu amigo com o outro carro dos supostos "criminosos", e nesse caso só tenho que louvar o trabalho empenhado dos senhores e peço-lhes desculpa pelas ofensas pensadas porque apesar de tudo não cheguei sequer a proferir-lhes nenhumas. Caso contrário só me arrependo de não as ter realmente verbalizado. Mas que me passei com a atitude prepotente e tempestuosa para com dois cidadãos que o que menos querem é confusão, lá isso passei.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Pois.... Pois....

Nao sei quem era o outro, mas contigo no carro só podia ser outro gangster igual a ti.

Tiveram foi muito sorte. Se a policia tem aberto a mala e encontrado o corpo do desgraçado enrolado no tapete. Ou será que desta vez o atiraram ao rio com uns pés de cimento?

E as armas? Nao deram com nada? Nao me digas que nao viram os lança granadas e as bazucas?

Estas é chateado de nao te terem encostado ao carro e obrigado a abrir as pernas.

Voces mereciam era passar a noite na choldra para ver o que era bom.

E depois ainda há gente que se indigna!

08:43  

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