16.10.06

Conceptual, concepção, conceito, conceptualismo...

Quando olhamos para o passado, seja o nosso ou não, sejamos nós como indivíduos ou nós como povo ou raça ou até nós como humanidade, quando reflectimos sobre o já passado baseamo-nos em dados retidos, dados conservados, fragmentos do ido e reconstruimo-lo. Esses dados retidos podem ser muitos ou poucos, muito válidos ou pouco válidos, podem até ser elementos que se basearam em falsas percepções e portanto completas distorções da efectiva realidade das coisas, mas são sempre eles que nos levam á construção de um entendimento da História (história ou estória, não importa. O importamte aqui é somente o ser pretérito.), e esse entendimento, encadeamento e aura de compreensão existe sempre, sempre, sempre em relação ao passado, e quanto mais distante maior.
A distância leva-nos a ver claro, um claro que pode não passar só de uma luz que nos ofusca, mas claro. Ao perto tudo é diferente, a incapacidade de foco não permite nunca delinear os contornos claramente e o claro é sempre obtuso.



Entre duas pessoas que conversam, a distância entre elas para alem de influenciar o decorrer da conversa é tambem reveladora da relação que existe ou vai existindo entre as duas.
Dois namorados falam colados um no outro. Numa conversa em que a distância progressivamente se encurta a relacão entre os dialogantes torna-se tambem progressivamente mais intima, o entendimento do outro é cada vez menor quanto menor é essa distância, o entendimento do outro é cada vez menos baseado no que nos chega dele e cada vez mais no que nos chega de nós, no que a proximidade do outro provoca em nós, nos faz sentir, portanto menos racional e menos clara, mais emocional, mais confusa mas tambem muito mais intensa em termos sensoriais.

2 Comments:

Blogger João Filipe Rodrigues said...

Quando escreves coisas destas, penso sempre no que este país perdeu, simplesmente porque a escola não te soube interessar quando devia.
Por outro lado, ganhou um excelente fotógrafo.

17:23  
Anonymous Anónimo said...

O homem passou-se... Nasceu um filósofo.

21:37  

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